Tuesday, May 24, 2011

"É quase um contador de caso, só que não inventa caso. É o cronista. Ele tem um estilo pessoal de contar aquilo que o leitor também sabe. Mas, quando lido da parte de um contador de caso, vira repertório.
Ler uma crônica é um retorno ao muro onde se contavam os casos para os vizinhos. É um bisbilhotar em jornal ou revista.
Os meios de comunicação têm dia e lugar certos para apresentar seus cronistas, como um ponto de encontro.
Eu quero ver o que o fulano diz na quarta-feira, na página tal. Eu vou ao encontro dele, para saber o que lhe chamou a atenção durante a semana.
O cronista é uma primeira pessoa do singular, que observa como envolvida, não como distante. Ele pretende ser lido como se estivesse sendo escutado.
Por isso, conte histórias, conte casos e não jogue prosa fora. Mande para seu próximo."


ANNA VERONICA MAUTNER, psicanalista da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, é autora de "Cotidiano nas Entrelinhas" (ed. Ágora)


Bom , deve ser por isso que eu gosto tanto deles. Mesmo sem ter refletido assim antes.
E não tem nada mais profético hoje:


Nada de grandes teorias hoje para comover as plateias. Você precisa apenas se sintonizar com suas necessidades e as dos outros e seguir pela via do sentimento. Fragilidades existenciais acontecem. Reconheça-as e triunfará sobre as adversidades.